Reserva de emergência: como está seu paraquedas financeiro para situações inesperadas?
Artigo: Reserva de emergência: como está seu paraquedas financeiro para situações inesperadas?
Todo bom paraquedista sabe que duas coisas são fundamentais para se ter um voo incrível e seguro:
Ter seu equipamento principal sempre em ordem (bem dobrado, organizado e com todos os cuidados necessários para uso);
Ter o equipamento de emergencial sempre pronto para uso em caso de uma situação inesperada.
Assim também deve ser com nossas finanças pessoais: devemos ter nosso orçamento mensal em perfeita ordem e manter uma reserva financeira para situações inesperadas ou de emergência, que, assim como no caso do paraquedas de emergência, esperamos não precisar usar.
O foco deste nosso artigo é a reserva de emergência, mas você pode saber mais sobre como organizar o seu orçamento mensal clicando aqui.
Falando em reserva de emergência, vamos primeiro entender o que é: trata-se tão somente de uma reserva em dinheiro (aplicado, é claro!) que nos permita manter nossas despesas mensais por um período em caso de uma situação de perda de renda (desemprego, recessão econômica) ou em caso de alguma emergência como o conserto do carro, despesas com saúde ou uma obra emergencial em casa, por exemplo.
Assim como no caso do paraquedas de emergência, que deve ser seguro e estar adequadamente dobrado para ser acionado quando necessário, também nossa reserva de emergência deve ser adequada e dar segurança para nós e nossa família caso alguma situação inesperada aconteça.
Para saber o valor certo que você precisar ter em reserva de emergência, a sugestão é ter pelo menos seis meses das suas despesas essenciais reservadas. Este valor de seis meses de despesas não se refere ao seu salário, mas sim, ao custo de vida. Por isso a organização do orçamento é tão importante, para que você possa saber quais são seus gastos mensais necessários e quais são os extras ou supérfluos. A ideia é que a sua reserva de emergência atenda aos gastos mensais necessários por, pelo menos, seis meses.
Agora que você já sabe como deve ser o seu paraquedas para emergência financeira, e da importância de estar bem dobrado (ou seja, bem definido e calculado), vamos falar agora sobre o sistema de acionamento deste equipamento. Imagina que você está em pleno voo e, de repente o seu paraquedas parou de funcionar! Já imaginou o desespero que dá?
Então, mas se você é uma pessoa prevenida e possui um paraquedas de emergência muito bem dobrado, perfeito. Se chegou a hora de usar o seu paraquedas financeiro e você está em pleno voo (as contas continuam chegando) este recurso precisa ser acionado de forma rápida, automática, como é no caso do paraquedas de emergência.
Por isso, o investimento deste recurso deve ser sempre em produtos de renda fixa (sem risco de perda do valor) e com liquidez imediata (ou seja, que possa ser resgatado rápido ou sem carência para resgate).
Se você é um pouco (ou muito) impulsivo ou compulsivo por compras, evite manter este curso em uma conta de poupança vinculada à conta corrente. Muitos bancos têm este tipo de conta em que você deixa o dinheiro na poupança, mas se precisar na conta corrente o resgate é feito automaticamente. O que acontece é que você pode ir “corroendo” seu paraquedas de emergência sem perceber e quando você precisar acionar para uma situação de problema real ele não estará adequado para uso. Neste caso é melhor usar o CDB do banco ou mesmo o Tesouro SELIC, que apresenta uma boa rentabilidade e o resgate pode ser feito bem rápido.
Em resumo, como no caso do paraquedas, escolha uma fazer uma reserva consistente com sua realidade (para pelo menos seis meses) e que possa ser acionada rapidamente em situações inesperadas ou de emergência. Ou seja, o recurso precisa estar em um investimento seguro e de alta liquidez (resgate imediato).
Lembre-se: sempre é possível encontrar novas forma de viver bem e com dinheiro!
Janaine Pimentel Moneta Consultoria e Treinamentos